A PEQUENA MINEIRA
Nosso mundo é tão abençoado,
Tantos animais diversificados,
Que a natureza nos tem presenteado.
Mas, um sempre me deixou inspirado.
É pequena e tem bela plumagem.
E o meu coração conquistou.
Olhos grandes, linda imagem.
Como um bibelô me, encantou.
As penas cor de terra vermelha,
Com a qual pode se confundir.
O peito branco como neve na telha.
E 270 graus de visão a reluzir.
Como pequena mineira, se faz chamar,
E outros nomes em acumulação.
Encontrada em qualquer lugar.
Não é rara, mas causa sensação.
É chamada ainda de buraqueira,
Pois, em túneis gosta de se alojar.
Põe ovos no subterrâneo, sem zoeira.
Em campos, pastos e outros a se alojar.
Vive no mínimo por nove anos.
Voa suave e silenciosamente.
Detém olhos de tons amarelados.
E uma visão binocular lateralmente.
Ótima audição para a presa achar.
Ver objetos em três dimensões:
Altura, largura e profundidade a apreciar.
Não tem predadores naturais, sem variações.
Só o homem é seu arqui-inimigo.
O que é triste, pois ela é muito útil.
Se alimenta de roedores, no abrigo.
Besouros, gafanhotos de forma sútil.
Se reproduz entre março e abril.
Seus ninhos forra com capim seco.
Coloca estrume para o inseto vil.
E a fêmea faz a incubação com apreço.
O macho protege o ninho com zelo.
E alimenta os filhotes ao nascerem.
Dele é a responsabilidade de desvelo.
Suas responsabilidades assume por bem.
Em uma pequena praça,
Um casal fez o seu ninho.
Entre as plantas em pujança,
O buraco era vizinho.
Um ficava do lado da cavidade.
O outro, em cima de um toco alto.
E sempre atentos e em atividade,
A vigília se fazia sem salto.
Por minha curiosidade, aproximei.
Um grito ouvi bem estridente,
Então do ninho me afastei,
E o macho estava descontente.
Respeitei e me distanciei do local,
Pois, sei que são pais temerosos,
E com um amor fenomenal,
Se mostram maravilhosos.