O CERRO!
Amambai dos contrastes.
Em solo de planície.
De extensa e lisa superfície.
Das poucas cidades que têm um morro.
Aliás, não era um morro!
Seu nome veio das denominações paraguaias
Daí é que me socorro.
Por que não era um morro; era um cerro!
Sob aquele relevo não havia erro.
Pela sua altura em meio ao cerrado.
Tinha um visual inédito e elevado.
De onde se extraia pedregulhos.
Pra cobrir estradas e entulhos.
Aí veio o causo mais afamado.
Além das guaviras que ali se colhia.
Um fato se instalou no seu dia a dia.
Nas lidas da Prefeitura.
Colhia-se a matéria prima das estradas
Cascalho, pedriscos e terra firme.
Era o trabalho do Sr. Nery Costa.
Escalado pela perícia de manuseio.
Era o melhor tratorista do local.
Exigia-se prática além do manual.
Enquanto a máquina correspondia.
Lá estava ele operando com maestria.
Só que na falha da máquina.
O perigo veio anunciado.
O esteira investiu fora do tablado.
E o trator desembestou embrenhado.
De longe ouviu-se o estrondo vindo do cerrado.
O esteira lá embaixo ficou virado.
Mas o esperto tratorista saltou antes de ficar tombado.
Salvou-se do desastre bem assustado!
Hoje o cerro desapareceu.
Em sua base surgiu um bairro.
Que lá no alto se anuncia.
Deixando perplexos os conterrâneos de fora.
Que o comparam entre o ontem e o agora
Virou um cerro urbano.
Coisas do progresso humano.
Modificou-se entre acertos de desenganos
Mas ficou eterno em nossas lembranças.
Afinal, o cerro foi é imagem dos tempos de crianças