GUAVIRAL!
• GUAVIRAL
Ah, meu saudoso GUAVIRAL!
Hoje os campos não são igual.
Faltam-lhe as moitas de doces frutas.
Umas em touceiras rentes ao chão
Mais doces e mais robustas.
Outras de árvores mais altas.
Menos doce, mas com exuberância!
E... nas capoeiras, a sua elegância.
Os campos ficavam lotados.
Era gente de todo lado.
As crianças adoravam essas andanças.
Sair pelo campo em busca daquela deliciosa fruta.
Percorrer trechos de puro deleite.
Cuidar-se de bichos peçonhentos
Isso sim... era o terror do momento!
As vasilhas voltavam cheias.
Aguçavam o dom da solidariedade.
Eram distribuídas pelos vizinhos da cidade.
Todos curtiam aquele indescritível sabor.
Era algo genuíno encravado na natureza.
Que dava sensação de um trono.
Ante o despontar de tanta riqueza.
Hoje, mais um despojo do tempo.
Tudo ruiu com o progresso.
Acabou o nosso regozijo de alegria.
Não tem mais regresso.
A fruta nascia da semente nativa.
Que não é mais semeada nas invernadas.
Que tomaram o lugar da fruta abençoada.
Em prol da carne e da boiada!