(((HÁ UM GRITO ESTRONDEANTE)))

HÁ UM GRITO ESTRONDEANTE

Há um grito estrepitoso em revolta

Dos elementos naturais...

Em prantos, céus se derramam...

Lágrimas de Rios adoecidos,

Que levam ao mar, problemas adquiridos...

Daí o mar, mãe dos afluentes

Que dá vida tantas vidas!

Tudo recebe sem bramar...

Em jornada a Ordem Natural

Faz tudo desde então.

E as sombreadas árvores

Hoje baqueadas tão umbríferas

Betonam lhes ao redor

De poluentes a exaurir...

Cinza céu, nuvens de degeneração.

Deságua aos prantos...

Flageladas sem sustâncias

Encharcadas d’águas poluídas

Do berço suas raízes

Combalidas em cataclismo

Resultante do capitalismo

Do ensombrado materialismo.

Chora nuvens granizando...

Desmorona céu em pranto

Céus e terra agonizando

Vento corre aos quatro cantos

Em voragem ciclonando...

Destruição em pé de vento...

O humano em “sã” consciência

Atribui ao melhoramento...

Ele (homem) faz desmatamento

Que é igual a bumerangue:

Em reversão nos dá o troco,

Vindo dengue, fogo, e sufoco...

Mãe Natura, geme aos descalabros,

Dos racionais o escalabro.

Abril – 2019.

Margareth D. S. Leite.