DILÚVIO

No seio da floresta o vento assobia

E tenebrosa tempestade desaba...

Balouçam os galhos tépidos em agonia

E, pelo uivo dos lobos, fenece a mata.

Riscam os céus relâmpagos atrevidos,

Animais em polvorosa buscam refúgio

Nas fendas onde gritos são os gemidos

Que cantam sobre as notas do prelúdio.

Ressoam os austeros trovões cósmicos

Que assustam de medo todos os trópicos

Já cansados pela água que inunda os vales...

E a chuva castiga o solo arenoso e tíbio...

No frio se congelam as vozes do fascínio

Dos indivíduos acovardados em seus xales!

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 08/02/2019
Código do texto: T6569693
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.