ONDE A BELEZA?


A beleza pode estar em versar minha tristeza

Pois que estando assim eu extraio mel das linhas

Sento, sinto, penso, olho e verso com destreza

Seja em uma tela, seja em uma página branquinha.

Momento sublime, doce, puro, suave, ideal e tão real.

Lá fora a chuva cai forte

Cá dentro chovem letras abundantes

Os ventos sopram boas lembranças

Ao mesmo tempo visualizo ele varrendo o mal

Talvez, seja por causa dos meus suspiros soprados

Soprados e varridos para terras tão, tão distantes

Assim, prossigo (louca varrida), pensando, desejando...

Embora, nesse instante, eu esteja apenas divagando

Diva, dadivosa flertando com um vazio causticante.

Não olvide jamais que cá dentro tem sonhos

Devaneios que estão dormindo e que sentem o frio

Mas, cá estão vivos, pois sonhos de Poetas não morrem jamais.

Digo e repito; a beleza frente a este tempo sombrio

pode estar justamente em versar esta momentânea tristeza.


Madalena de Jesus
Maria Madalena de Jesus Gomes
Enviado por Maria Madalena de Jesus Gomes em 05/02/2019
Código do texto: T6567742
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