Vale amargo
Vale amargo
Quanta estupidez!
Todos estão vendo na TV,
Ser egocêntrico,
O seu dinheiro
O rejeito não deteve.
Há muito veneno
Na correnteza...
Há um amargo mar
Se derramando
Em cada olhar,
Combinando com a tristeza
Que verte no coração.
A lama se agita,
A alma grita...
O ser geme,
A carne treme;
Sentindo o amargor,
Dessa lama, que bebemos!
Como não chorar gente,
Bebendo essa nata marrom e quente,
Que sem desejar
Recebemos no ventre?
O vale doce não tem paz, calma,
É ilusório, é amargo;
O rejeito amarga
Como fel no céu da alma!
Poeta Rosa Leme