AS CIGARRAS
Cigarras em cânticos suaves ou estridentes...
trouxessem o deslumbre de outras paragens
ninfas adormecidas em solo sem nenhuma imagem,
gritos que ecoam na mata virgem e selvagem.
Tardes febris, em árvores escondidas...
frenéticas em ostentação à beira da estrada,
- nutridas da seiva das raízes líquidas -
e fazem forte sempre em despedida.
Cigarra cujo canto anuncia a primavera,
mas o tempo impera e folha desespera
como uma praga em plantações invade
desfazendo o viço da verde folhagem.
O tempo não faz aliança sua natureza é restrita
- enquanto a tristeza em contrapartida -
forjada de felicidade e canto de contentamento
no momento crítico em que estão morrendo.