CHUVARADA


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Chuvas que lavam telhados e abastecem os homens
Vão revigorar e renovar plantações sequiosas
Morrendo, esperando e matando a fome!

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Chuvas esparsas que têm hora pra estiar
Clareando caminhos sujos e sombrios,
Revelados apontam onde se devem passar


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Chuvas miúdas que molham os bobos acomodados
Desavisados; e teimosos
Insistentes, desabrigados!
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Chuvas de força descomunal
Arrastam cobertos fincados,
Que desmoronam, como se fossem castelos feitos de areia ou de sal!
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Chuvas torrenciais castigando as encostas proibidas
Minam ligeiro o solo encharcado
Levam casas, casebres, planos, sonhos, vidas, ... e tudo!
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Chuvas de março finalizando a estação do calor
Aliando-se ao prenúncio de frio e do charme do outono
Á esperar pelo inverno, num solstício de verão e de amor!
Z
Chuvas congelantes trazidas com o frio
Coberturas espessas das flores do campo
Enchem e modificam os cenários dos rios!


2Q==
Chuvas de prata que banham as manhãs orvalhadas
Serenas se despedem e se escondem atrás de um monte
Para prenunciar a chegada de uma linda tarde dourada!