SOL
(Por Érica Cinara Santos)
Que dizes tu ao tocar-me assim
Com tanto vigor?
Sabes o que diz a minha pele de mim?
Diz que, embora sensível ao ardor,
Necessita diariamente de ti.
Ah, magnânimo astro deste sistema
Ver-te assim, no lindo azul desse céu
Não posso furtar-me ao mel
Que jorra de minh’alma e desemboca neste poema
Teu brilho irradia sobre a gente
Deste recanto da imensidão Amazônia
Aquece o peito, fortalece a mente
De certo que te impõe a todos, sem cerimônia
Ao cruzar um ano mais
Vejo-te fazendo um a um nascer
Os trezentos e sessenta e cinco dias
Ensinando-me tantas lições em tantos sinais
Afigurando-se da alvorada ao anoitecer
Reflexões a fazerem perecer utopias
Imperioso e robusto,
Vais cruzando o horizonte
Eis que, para onde tua luz aponte
Há de iluminar as almas a qualquer custo