DE UMA SIMPLES BORBOLETA

DE UMA SIMPLES BORBOLETA

Às vezes,

o poema surge

de uma simples

borboleta,

voejando por entre

a réstia do sol

matutino,

despertando

a alma poética

para descrever

o precioso instante

da vida esvoaçante,

sendo levada

pela leveza

do vento, para que

pouse nas pétalas

de alguma flor,

que perfuma

os ares

frescos da manhã.

Para o poeta,

que não desperdiça

cada momento

do fluxo inspirador,

terá que se valer

da prosa ditada

pela borboleta,

pelo vento e pela

flor, que se revelam

numa harmonia

natural de elementos

multicolores,

para que o artesão

das palavras,

pinte sobre a tela

invisível,

a beleza poética

dos versos livres.

Assim, não há como

resistir a riqueza

diversa de motivos

naturais, capazes

de fazer o artista

escrever, pintar,

esculpir a sua arte

imaginativa.

No caso do poeta,

a tela está sempre

pronta pra ser

preenchida por sonhos

artísticos ativos,

que se formaram

durante o sono

do corpo físico, cuja

alma desdobrada

cada vez que o corpo

desperta, ela acha

motivos interiores

e exteriores

instantâneos

para que, da tela

de sua imaginação

criadora,

se materialize

a peculiaridade

artesanal do seu

fazer poético.

Como a alma está

sempre ativa,

seja no sono, no sonho

ou na vigília,

imagens oníricas

ou não, não lhe faltam,

para que a linguagem

poética faça-se

presente a cada simples

instante de sua

contemplação,

pela visão da cena

no palco natural,

no qual se apresentam

para este poema,

em prosa teatral

espontânea:

a borboleta,

o vento,

a flor.

Escritor Adilson Fontoura

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 20/11/2018
Reeditado em 20/12/2020
Código do texto: T6507076
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