Novembro.

É tarde de mês de novembro

É tarde de ventania

É dia de chuva

A chuva é de vento

Não existe Mar à vista

Nenhum continente pra conquistar

Não há Mar pra eu andar sobre as águas

Não é tarde de conquista

Ela é só mais uma tarde de novembro

Eu nem me lembro quantas vezes vivi

Ou meses eu vi este ano

Nesta tarde planejo

Molhar-me na chuva

Troveja

E eu vejo pela janela

O vento carregando aquela nuvem

Pra distante

E antes que chova

Novamente arde o Sol no Céu

Como há muito esse Céu não ardia

Malogrando meus planos

Num dia de tarde de mês de novembro

Era chuva de vento

E lentamente o meu banho de chuva

Outra vez se adia

Numa tarde de Sol

de outro mês de novembro.

Edson Ricardo Paiva.