Cachorrinho
Na escuridão da noite
Vaga sobre seus próprios passos,
Olhos firmes e olhando para frente
Nem mesmo uma pequena espiada para o lado
Está muito apressado.
Talvez a barriga grita de fome,
Um bom mexido, um arroz solto, uma fatia de angu
Quem sabe o resto do frango do almoço.
O coração acelera as batidas,
Para chegar mais depressa.
Entre um veículo, ela passa despercebido
Nem mesmo contempla quem o chama.
Com os passos mais apressados,
Vai lépido, mais lépido ainda
Quando chega a sua casa.
Um latido, um murmúrio
O portão logo vai abrindo.
Faz festa para seu dono
Um pulo, um lamber de mão.
Parece muito feliz, bastante jovial,
Quem sabe e conhece seus sonhos
Somente quer carinho
Este lindo e amável cachorrinho.