VENTANIAS

As ventanias aplainam e varrem as terras

Com céleres rajadas ao passar

Lá nas matas as árvores se agitam

Gemendo e clamando ao balançar.

Nos campos as ramagens se assustam

Despertando de um sono sonhador

Suas folhas se empunhando uma as outras

Num estado tenso de medo e pavor.

Nas cavas os insetos se protegem

Daqueles ventos que sopram sem parar

Lá dentro eles respiram aliviados

Pois seus radares os avisam ao terminar.

Nas pastagens os animais se agasalham

Acastelam-se com firmeza e fervor

Enfrentam-se unidos as forças da natureza

E quando cessam se acasalam e fazem amor.

Os homens em suas casas se arrepiam

Ao sentir fúria naquele ventar assustador

Tentam salvar suas pérolas mais queridas

Sua família e todo o bem que conquistou.

José Maria
Enviado por José Maria em 04/10/2018
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