QUEM DERA FÔSSEMOS ASTROS!

Hoje, a lua resolveu esperar a chegada do sol.

O cenário do céu era deslumbrante!

Meus olhos e minha alma imergiram totalmente

Naquele palco de beleza e de ternura!

A lua escolhera um pedaço de céu azul límpido e claro

E nele se exibia toda linda e altaneira!

O sol, no meio de seus tons afogueados,

Chegava bem devagar, incendiando o horizonte!

Quanta delicadeza, para não empanar a beleza da lua cheia,

Que também, bem devagar, ia descendo...

Naquele quadro celestial,

Naquela tela pintada a "quatro mãos",

Vi o que está faltando cá em baixo, entre os homens:

A sensibilidade, a fraternidade, a solidariedade...

Lá em cima, enquanto os astros se entrosam e se completam na diversidade de sua missão,

Cá na terra, os homens se digladiam pelo poder!

Ao invés da sensibilidade que enobrece,

Há a frieza que traz sofrimento...

Ao invés da fraternidade que irmana,

Há o egoísmo que separa e faz sofrer...

Ao invés da solidariedade que ameniza as dores,

Há a ganância que não poupa nem mesmo os mais necessitados!...

Quem dera fôssemos astros que nos completássemos!

A beleza do céu que vejo agora,

Reinaria e envolveria totalmente nosso mundo

E dos nossos lábios e corações se elevaria

Uma eterna canção de louvor ao Criador!

NEUSA RAMOS
Enviado por NEUSA RAMOS em 29/09/2018
Código do texto: T6463112
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