VITAMINA DE PALAVRAS
Colho palavras,
as escolho,
estico
encolho
estilo,
recolho.
filtro
Junto sentidos,
sexto sentido,
de ódio
de ordem
de apoio
terceiro olho.
Perdoo.
Embaralho,
Descarto,
podo seus galhos
molho raízes com lágrimas
Adubo o solo
reparo
queimadas.
Colho palavras
Que foram plantadas,
em sementes,
mudas
trazidas e levadas
por festivos passarinhos
canoros.
Unidas
solitárias,
encantadas
perdidas
imponentes
importantes
vagas
ressecadas
solidárias
rebeldes
feridas
sem causa
cheias
ocas
soltas
chatas
chapadas
parasitas
engraçadas
engajadas
loucas
roucas
arrojadas
privadas
proibidas
mal quistas
sábias
místicas
mágicas
jogo palavras
verborrágicas
taco
ovo
chip
chocantes
interessantes
pálidas
mortas,
vivas
coloridas
monocromáticas
floridas
falhas
Feias
lindas
sintagmáticas
paradigmáticas
licenças poéticas
Desprovidas de concordância
à enigmática gramática
Nem sempre sinceras
meias verdades
Na tristeza
Na alegria
Na história
As que nem estão nos mapas
as covardes,
sem memória.
Nos cadernos,
Nos livros
Sem glórias
nos dicionários
nos cardápios
nos jornais
e nas revistas
Nas telas
Nas receitas
nos recitais
rituais
Nas contidas letras
códigos
códices
Teorias conspiratórias
reticentes
no respirar
na passagem estreita
na paisagem enfeita
portais
dimensionais
Na encruzilhada
alguém espreita
Sem ritmo e rima
no sopro da vida
nas asas do ar
nos ventos
dos momentos - tormentos
gozar.
Colho palavras,
coo,
bato no liquidificador
E faço uma vitamina
Mina de vida
Que me nutre devagar
às vezes desanda
sem lembrança
nas páginas viradas
reviradas
revoltadas
rasgadas
amassadas
remoendo moínhos
redemoínhos
buracos negros
vazios
distraídas
subliminares
de tão sublimes
venais
alço voos
sem medo do desconhecido,
do novo
neologismos baratos
modismos
dos versos banais.
**************************************************
Obrigada pela leitura. Não sou poeta, sou contista.
Colho palavras,
as escolho,
estico
encolho
estilo,
recolho.
filtro
Junto sentidos,
sexto sentido,
de ódio
de ordem
de apoio
terceiro olho.
Perdoo.
Embaralho,
Descarto,
podo seus galhos
molho raízes com lágrimas
Adubo o solo
reparo
queimadas.
Colho palavras
Que foram plantadas,
em sementes,
mudas
trazidas e levadas
por festivos passarinhos
canoros.
Unidas
solitárias,
encantadas
perdidas
imponentes
importantes
vagas
ressecadas
solidárias
rebeldes
feridas
sem causa
cheias
ocas
soltas
chatas
chapadas
parasitas
engraçadas
engajadas
loucas
roucas
arrojadas
privadas
proibidas
mal quistas
sábias
místicas
mágicas
jogo palavras
verborrágicas
taco
ovo
chip
chocantes
interessantes
pálidas
mortas,
vivas
coloridas
monocromáticas
floridas
falhas
Feias
lindas
sintagmáticas
paradigmáticas
licenças poéticas
Desprovidas de concordância
à enigmática gramática
Nem sempre sinceras
meias verdades
Na tristeza
Na alegria
Na história
As que nem estão nos mapas
as covardes,
sem memória.
Nos cadernos,
Nos livros
Sem glórias
nos dicionários
nos cardápios
nos jornais
e nas revistas
Nas telas
Nas receitas
nos recitais
rituais
Nas contidas letras
códigos
códices
Teorias conspiratórias
reticentes
no respirar
na passagem estreita
na paisagem enfeita
portais
dimensionais
Na encruzilhada
alguém espreita
Sem ritmo e rima
no sopro da vida
nas asas do ar
nos ventos
dos momentos - tormentos
gozar.
Colho palavras,
coo,
bato no liquidificador
E faço uma vitamina
Mina de vida
Que me nutre devagar
às vezes desanda
sem lembrança
nas páginas viradas
reviradas
revoltadas
rasgadas
amassadas
remoendo moínhos
redemoínhos
buracos negros
vazios
distraídas
subliminares
de tão sublimes
venais
alço voos
sem medo do desconhecido,
do novo
neologismos baratos
modismos
dos versos banais.
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Obrigada pela leitura. Não sou poeta, sou contista.