SOLIDARIEDADE DOURADA
É agosto.
Sigo em viagem.
As margens da estrada começam a ser enfeitadas.
O colorido que fascina-me começa a se derramar sobre elas.
São os ipês dourados que, devagarinho, começam a surgir!...
Chegou o tempo!
Eles ouvem e atendem a natureza,
Que aflita, grita por socorro!
A princípio, com os troncos queimados,
Os ipês encantados vêm acolher os viajantes,
Com um sorriso nos lábios de seu amarelo ainda desbotado.
Mas, não obstante troncos e galharia negros pela seca e queimadas,
O seu amarelo vigora e se fortalecerá com o passar dos dias...
As folhinhas vão caindo...
As florinhas vão surgindo e se colorindo!...
Amainando a secura da estação,
Preparando o cenário para a chegada "triunfal" dos solidários ipês,
Que vêm em socorro da natureza devastada, desfigurada,
Deus enviou uma chuvinha mansa e abençoada,
Que aflorou e renovou toda a vida e beleza!
Agora, o verde novo faz o "pano de fundo"
Na tela dourada dos ipês!
E toda esta beleza à disposição dos olhares sensíveis,
Torna a viagem mais serena,
Torna a vida mais amena,
Já que o homem tem se encarregado de fazê-la tão difícil!
Benditos ipês, quaresmeiras, cipós-de-são-joão,
E outras vegetações coloridas,
Que Deus semeou na terra
Para alegrar nossa existência,
Para amenizar as agruras do caminho,
E mostrar a suavidade da cor do Seu amor
Por todos nós, Suas criaturas!