SOLIDARIEDADE DOURADA

É agosto.

Sigo em viagem.

As margens da estrada começam a ser enfeitadas.

O colorido que fascina-me começa a se derramar sobre elas.

São os ipês dourados que, devagarinho, começam a surgir!...

Chegou o tempo!

Eles ouvem e atendem a natureza,

Que aflita, grita por socorro!

A princípio, com os troncos queimados,

Os ipês encantados vêm acolher os viajantes,

Com um sorriso nos lábios de seu amarelo ainda desbotado.

Mas, não obstante troncos e galharia negros pela seca e queimadas,

O seu amarelo vigora e se fortalecerá com o passar dos dias...

As folhinhas vão caindo...

As florinhas vão surgindo e se colorindo!...

Amainando a secura da estação,

Preparando o cenário para a chegada "triunfal" dos solidários ipês,

Que vêm em socorro da natureza devastada, desfigurada,

Deus enviou uma chuvinha mansa e abençoada,

Que aflorou e renovou toda a vida e beleza!

Agora, o verde novo faz o "pano de fundo"

Na tela dourada dos ipês!

E toda esta beleza à disposição dos olhares sensíveis,

Torna a viagem mais serena,

Torna a vida mais amena,

Já que o homem tem se encarregado de fazê-la tão difícil!

Benditos ipês, quaresmeiras, cipós-de-são-joão,

E outras vegetações coloridas,

Que Deus semeou na terra

Para alegrar nossa existência,

Para amenizar as agruras do caminho,

E mostrar a suavidade da cor do Seu amor

Por todos nós, Suas criaturas!

NEUSA RAMOS
Enviado por NEUSA RAMOS em 20/08/2018
Código do texto: T6424434
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