O Vento

Não adianta por placa, para as flores não colher.

O vento as desfolha todas, pois ele não sabe ler.

O jardim todo estremece ao ver o vento a soprar

Ele chega impetuoso, nada o consegue parar.

As margaridas se juntam uma à outra a balançar

As rosas em suas hastes começam a tremular

E o lírio fecha seu cálice ao ver o vento chegar

Só a bela bromélia com suas flores em camadas

Encara o vento de frente, e não lhe acontece nada.

O vento chega soprando, leva o que está à frente.

Seu zumbido ensurdecedor assusta até a gente

Passa por sobre as árvores assovia no telhado

Espalha as folhas do chão, deixa tudo alaranjado.

Passa pelos quintais, ajuda a roupa a secar.

Depois o vento se afasta, vai a caminho do mar.

Barcos soltam suas velas e começam a navegar

Agita as águas e joga as ondas num vai e vem

Às vezes o vento assusta outras, ele faz bem.

Iracema Cerione (Mayra Luz)
Enviado por Iracema Cerione (Mayra Luz) em 20/08/2018
Reeditado em 28/08/2018
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