A NOITE É MINHA
O Sol se esconde.
Começam a surgir as estrelas.
A Lua, tímida, clareia o mar
E as águas parecem fontes.
No arrebol do fim do dia,
Os pássaros buscam refúgio,
As corujas cruzam os ares
E o frio noturno traz nostalgia.
Nuvens brancas enfeitam o céu,
As cigarras iniciam uma sinfonia,
Os grilos cricrilam suas fantasias
Sob os ventos que assobiam a granel.
Os jasmins espalham o perfume
Perante os olfatos da Ave-Maria,
É a hora do silêncio que anuncia
A ladainha do terço que é costume.
Noite adentro, chega a madrugada
Sob a quietude do cansaço e da fome,
Sono e sonhos levados pelas horas
Que envelhecem o mundo, mais nada!
DE Ivan de Oliveira Melo