Mãe natureza

Floresceu esperança no vermelho da floração...

O verão antecipado, deixando um tom delicado

Às vezes, pendurado, e outras vezes, no chão

Uma ramagem, uma roupagem, um pergolado

No corretor que desconhece, tamanha beleza

Se a palavra é errada, acertada é essa natureza

Vai aquarelando as ruas, as praças, e as casas

O beija-flor agradecido, beija e bate suas asas

Feliz é a alma que encontra tempo para observar

O tempo se acomoda na palma, e olhar marejado

Parece a imagem congelar, fica como se a levar

O mimo da mãe natureza, que, com todo cuidado

Oferece para quem sabe amar o verde, e a vida...

A flor e o pão, o real, o palpável, e o imaginário

Um ser etéreo, invisível ao olhar; tão desprovida

Da vaidade humana; é uma joia rara, um relicário.