MINHAS ANGUSTIAS...?
Questionam-se as minhas palavras...
Por quê?
Os riachos secam...
As nascentes morrem...
O rio Uruçuí Preto
Em lágrimas no seu nascer;
As lagoas não tem água
De barro duro
E no sol vermelho,
O Velho Monge
Padece...?
Por quê?
O êxodo rural cresce,
O câncer mata,
E a consciência cega...?
Por quê?
As árvores exterminadas...
Os animais assassinados...
E o homem enforcado:
No desmatamento,
No veneno,
Na expulsão de suas terras,
Nas periferias em lágrimas
Ou em caixões de esmolas.
Por quê?
Tanta covardia:
Nas almas vivas,
Na imprensa viciosa,
Nos poderes apodrecidos...?
Por quê?
...?