GESTO HABITUAL
GESTO HABITUAL
Acordo, e quando abro a janela do meu quarto,
quem me sauda primeiro, e o perfume suave das flores,
atraves da brisa fresca, que me envolve
o corpo e o espirito amanhecidos.
Descobri que, fazendo esse gesto habitual
no alvor da manha, em receber a frescura do vento
e o aroma suave das flores, me sinto mais alegre,
mais util, mais atuante, mais capaz
para vivenciar as coisas simples da vida,
porque sao nelas que Deus poe a sua simples
sabedoria divina. Quem nao aprecia as coisas simples,
nao sabe ser simples em seu viver. Nao sabe
edificar-se pelo simples sentir das fragrancias
das flores, nem pelo simples roçar leve do vento
no corpo, se refletindo em caricias naturais no espirito
sensivel. Um dos motivos que me habituo
a agir assim, e que certamente alguma inspiraçao
me ira ocorrer em qualquer instante do dia ou da noite,
quando entao, os versos saem do casulo interior,
e juntam-se ao casulo exterior, formando a paisagem
poetica, feita de motivos interiores e exteriores,
delineando o poema, que se nutre dos elementos
naturais, sentindo a caricia do vento,
o perfume das flores, o sol ainda morno na manha,
e a minha alma amanhecida, apos ter feito
durante a noite, benfazejos gestos e açoes astrais.
Escritor Adilson Fontoura
Aendo: alguns acentos nao estao postos,
porque duas teclas estao defeituosas.