ALMA MANSA

ALMA MANSA

Minha alma agora

e mansa como o rio,

a correr sem pressa

por entre o vale;

a reter restos de nuvens

do ocaso de estio;

por sobre o capim

fresco, exalando ainda

o odor do gado.

Minha alma e mansa,

porque retira

da paz campesina,

o vento suave

que passa e me deixa

a energia do sossego;

por isso, o amor

que sinto pela

natureza me fascina,

e so de contemplar

o rio, me vejo voando

por sobre suas aguas

mansas. Flui de mim,

esse rio manso, a correr

em versos espirituais,

que nao ficam retidos

nos flocos de nuvens

rasteiras sobre

o vale anoitecido.

Mas se expandem

com o vento brando,

envolto pelo perfume

agreste das flores,

e se dispersam

na leveza dos ares

noturnos. E se o sol,

no alvor da manha,

mesmo ainda morno,

ja dilui as goticulas

frias do orvalho,

a minha alma mansa

se banha da seiva

que flui das flores

amanhecidas, e depois,

gozando da paz

campestre, contempla

o rio, a correr manso

por entre o vale,

cuja nevoa, branca qual

neve, vai-se diluindo

pelo sol, a clarear

o espelho d'agua

do rio amanhecido.

Escritor Adilson Fontoura

Adendo: alguns acentos

nao estao postos, porque

duas teclas estao defeituosas.

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 15/05/2018
Reeditado em 18/05/2018
Código do texto: T6336978
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