Voz de trovão
O Andar encorajador vai se misturando com a floresta
Saem trovões da sua boca
Que atingem os dois lagos castanhos que carrego na pálida face
Sua presença forte encontra a minha presença acolhedora
A samambaia que levo na cabeça une-se com a fértil terra cerrada que levas á cima do pescoço
E ecoou mais alto que os fogos de artifícios
Ela tem o balacobaco
Risos trovões
Que viraram como o urro de um respeitável leão
Diante de um urso
que virou criança ao abraçar-me
Somos deuses com coração
Ao soltar os braços volta-se com a certeza do que faz nesta terra misteriosa
Volta-se para suas cordas sonoras que prendem-me incansavelmente.
Nos dois lagos castanhos refletem um leão e no vento ecoa trovões.