Agora não posso mover-me
Agora não posso mover-me
Estou fazendo sombra para as árvores
Estou alimentando a terra
E com meus pés descalços esquento o chão
Com meu sopro faço primavera para as flores
meus ombros são ponto de apoio para as aves e borboletas
Agora posso mover-me
jogo-me no mar para que ele se refresque com meu sangue fresco de amor e desespero
Minhas mãos viram brisas e acariciam as folhas do caminho
Meu suor cai como o sal para a terra
Meu sorriso vira atmosfera
Paro e caminho
paro no caminho
a natureza toda reside em mim
A cada mês
A cada ciclo
Um desastre natural acontece
Mas todos são comunicados quanto a previsão do tempo
Então agasalhe-se
A cada ciclo
ou
corra para a sua casa de veraneio
Desnude-se