FIGUEIRA

 
Eu gostaria de ser         
como uma figueira,
que produz suas flores,
matizadas, olorosas,
para que o vento
derrube-as pelo chão.
Depois estala outra vez em botões.
Não se sente ferida.
Não se sente transgredida.
Porque seu destino
é dar à luz beleza.
E não fabrica nem sequer um espinho
para defender-se.


     

 
LuciaArmenioLeal
Enviado por LuciaArmenioLeal em 21/02/2018
Reeditado em 21/02/2018
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