FIGUEIRA
Eu gostaria de ser
como uma figueira,
que produz suas flores,
matizadas, olorosas,
para que o vento
derrube-as pelo chão.
Depois estala outra vez em botões.
Não se sente ferida.
Não se sente transgredida.
Porque seu destino
é dar à luz beleza.
E não fabrica nem sequer um espinho
para defender-se.
Eu gostaria de ser
como uma figueira,
que produz suas flores,
matizadas, olorosas,
para que o vento
derrube-as pelo chão.
Depois estala outra vez em botões.
Não se sente ferida.
Não se sente transgredida.
Porque seu destino
é dar à luz beleza.
E não fabrica nem sequer um espinho
para defender-se.