Violentando Minha Própria Mãe!
Eu a amo, e isso se transmuta numa quebra de contrato
Seus gritos são a paisagem entorpecedora
Ela precisa ser ferida como jamais foi
Ela fica linda quando está sendo ferida
Eu definitivamente não entendo a razão
Eu definitivamente não entendo a razão mas estou
Violentando minha própria Mãe!
Sou como uma lâmina cega diante de um tronco de carvalho
Sou aquele com o poder bélico gerado à partir de suas lágrimas
Eu definitivamente não levanto questões
Eu definitivamente me entrego à obsessão efêmera
Quando estou violentando minha própria Mãe!
Eu tento fazê-la confessar que anda sorrindo escondida
Minha própria Mãe!
Eu tento fazer com que se revele por completa
Minha própria Mãe!
Não entende que essa é a única maneira de me fazer ir embora
Nossos parentes observam, serenos e indiferentes
Nós só precisamos de suas sementes e nosso encontro é garantido
Faço com que Ela fique tão nervosa
Mas o sangue é o juiz, o sangue define a sentença
E posso violentar minha própria Mãe!
Uma parte de mim quer morrer instantaneamente
Pois considero meu tudo aquilo que está dentro Dela
Mas eu definitivamente me entrego à obsessão efêmera
Quando estou violentando minha própria Mãe!
Não, não, não
Não acredito que o perdão possa ser cogitado
Não, não, não há perdão
Tenho bilhões de nomes que irão revestí-la de cicatrizes
Bilhões de aspectos adulterados de como extrair do seu corpo a satisfação
Eles definitivamente não precisarão de razão
Quando violentarem nossa própria Mãe!