Procura-se um ícone do folclore

Há uma baixa no folclore regional

A intrépida caipora: procura-se!

A violência citadina chegou ao rincão silvestre, quiçás...

Teria sucumbido à astúcia do homem branco?

Aos céticos, um anti-herói: como pode ceder a oferta de fumo e cachaça?

Um fato existe consenso: a floresta ressente-se do lendário indígena

As plantas, a fotossíntese relutam a tal dever (de flora)

O passaredo desafinou a sinfonia do canto

Os rios exalam o olor pútrido do luto

O sol vendeu seu espaço no céu as brumas

As montanhas ainda mais erodidas de pesar

Nem um zéfiro repentino paira sobre a atmosfera

Logo, hemos de ter um ex-ecossistema?

Os caçadores reinarao sobre o seio da mãe-natureza?

E o boitatá, será o novo baluarte silvestre?

E o boto-azul, por que não se compadece?

(E seu contemporâneo parente - curupira -, empreenderá uma incursão)?

Cadê a caipora que enriquece a tradição (a estória popular)

Somente uma certeza: há um vácuo no consciente imaginário coletivo.

Alex Melloh
Enviado por Alex Melloh em 16/01/2018
Reeditado em 05/11/2019
Código do texto: T6227655
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