FLOR DE POEMA

FLOR DE POEMA

Brota o poema

como a flor, que se mostra

em singelo sorriso no alvor da manhã.

Não toco nela,

apenas contemplo

a sua beleza de alma vegetal.

O sol ainda morno,

já dilui lentamente

as poucas gotas orvalhadas

sobre as pétalas frescas.

O poema assim,

vai sendo feito de cada verso

que se flori instantâneo

regado pela seiva da planta fecunda.

Isso ocorre,

porque a alma poética

está em sintonia fluídica

com a alma da flor,

e ambas se doam

em meigos gestos afetivos,

que se derramam

nos ares claros da manhã.

Nutre-se também

o poema, de outros gestos simples,

tecidos pela brisa amena

que balança os galhos floridos.

Ademais,

todo o amor que emana

dessa sintonia tão natural,

vem da luz divina

que embeleza as coisas existentes,

a partir do alvor simples

da manhã que se inicia...

Escritor Adilson Fontoura

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 08/01/2018
Reeditado em 13/07/2018
Código do texto: T6220222
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