Estique a rima até o abismo
Sussure o lirismo na alcova mais íntima
Esfregue-se em fragmentos de poesia.
Poemas em moléculas.
Íons de emoção e sentimento.
 
Terás um projeto.
Riscado na lousa do absurdo.
Do imaginário.
Tramado etilicamente
Para entrar em combustão
cardíaca.
 
No cardápio todo poema
será redenção.´
É possível absolvição imediata.
Legítima defesa in limine.
E, toda culpa será relevada.
 
Sombras
Medos
Angústias
Ansiedade pela manhã.
Futilidades presentes.

O registro milimétrico de trenas.
Estou no espaço.
Estou no tempo.

Na bidimensionalidade vazia
de pensamentos funestos.
Tenho a morte certa.
E, a vida improvável.

A curva tangente imprevisível
que a centrípeta
insiste em jogar ao centro.
 
Equilíbrio
Respiração.
Pilates.

Como dói dobrar-se.
Como dói esticar-se.
Melhor é a inércia.

E a ilusão de que tudo
permanece ali,
pela a eternidade
a esperar Moisés
abrir novamente o
mar vermelho.
 
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 13/12/2017
Reeditado em 17/12/2017
Código do texto: T6197562
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