Vidas e virtudes
Extenso manto verde de proteção e cores
Com florestas de calores e seivas tropicais
A nortear os ares mais puros deste mundo.
Matas protetoras das almas litorâneas
Que acolheram desterrados e mercadores
E mesmo assim foi quase toda devorada.
Planícies de arbustos entre palmas e buritis
E uma serra integradora banhada por corixos,
Pântanos e mil lagoas em redes solidárias.
Troncos retorcidos de profundas vísceras
Que descem às reservas mais discretas
Para fertilizar os campos e saciar a sede.
Matas esbranquiçadas entre os sertões
Onde nascem fé, devoção e brasilidade,
Como nos sulinos campos de aguerridas lutas.
São como as bênçãos da generosa Mãe
A zelar pelos passos lentos do teu filho
Que insiste em não aceitar regras e limites.
Natura exuberância para celebrar a Vida
E negar toda e qualquer forma de violência
Pois ainda é tempo de acatar a lei do Criador.