Bolívia parece terra sem mar
Somente na geografia
Pois na poesia
A Bolívia tem muito mar


O mar de montanhas andinas
Onde caminham um mar de camélidos
Conduzido por mares de quéchuas e aimarás
Que plantam mares de milho e batata

No mar de altura do Lago Titicaca
Um mar de homens da terra
Constroem um mar de canoas
Com um mar de totoras

No mar do altiplano andino
Está o mar de concreto nas alturas de La Paz
O mar de carnaval de Oruro
O mar de quinua e minérios de Potosi

No mar das quebradas subandinas
Está o mar de grãos em Cochabamba
O mar de vitivinicultura em Tarija
O mar de casas brancas em Chuquisaca

No mar de planícies orientais
Está o mar de castanha em Pando
O mar de gado em Beni
O mar de soja e cana em Santa Cruz

No mar de concreto em São Paulo
No mar de concreto em Buenos Aires
Vivem bolivianos em mares de confecções
Se afogando no mar da escravidão

No mar de Uyuni
Um mar de cactos
Um mar de sal
Está no mar de salares

Na colonização
Um mar de espanhóis
Explorou um mar de prata
Nos mares de montanhas de Potosi

Um mar de estanho
Nos mares de montanhas de Potosi
Enriqueceu um deserto de barões
Formando mares de pobretões

O mar autoritário da oligarquia do estanho
Formado pelo deserto de barões
Foi destruído pelos mares de revolucionários
Que formaram um novo mar oligárquico no país

O mar de oligarcas revolucinários
Nacionalizaram um mar de minas
Realizaram a reforma agrária no mar do Altiplano
Realizaram a marcha para o oriente

O mar da oligarquia revolucionária
Caiu no mar da contradição
Entrando em cena um mar de oligarquia
Que praticava mares de golpes militares e institucionais

O mar de militares
Caiu no mar da escuridão
Dando lugar
Ao mar de neoliberais

Mares de neoliberais
Privatizaram um mar de águas
No mar de Cochabamba
Revoltando mares deBolívia parece terra sem mar
Somente na geografia
Pois na poesia
A Bolívia tem muito mar


O mar de montanhas andinas
Onde caminham um mar de camélidos
Conduzido por mares de quéchuas e aimarás
Que plantam mares de milho e batata

No mar de altura do Lago Titicaca
Um mar de homens da terra
Constroem um mar de canoas
Com um mar de totoras

No mar do altiplano andino
Está o mar de concreto nas alturas de La Paz
O mar de carnaval de Oruro
O mar de quinua e minérios de Potosi

No mar das quebradas subandinas
Está o mar de grãos em Cochabamba
O mar de vitivinicultura em Tarija
O mar de casas brancas em Chuquisaca

No mar de planícies orientais
Está o mar de castanha em Pando
O mar de gado em Beni
O mar de soja e cana em Santa Cruz

No mar de concreto em São Paulo
No mar de concreto em Buenos Aires
Vivem bolivianos em mares de confecções
Se afogando no mar da escravidão

No mar de Uyuni
Um mar de cactos
Um mar de sal
Está no mar de salares

Na colonização
Um mar de espanhóis
Explorou um mar de prata
Nos mares de montanhas de Potosi

Um mar de estanho
Nos mares de montanhas de Potosi
Enriqueceu um deserto de barões
Formando mares de pobretões

O mar autoritário da oligarquia do estanho
Formado pelo deserto de barões
Foi destruído pelos mares de revolucionários
Que formaram um novo mar oligárquico no país

O mar de oligarcas revolucionários
Nacionalizaram um mar de minas
Realizaram a reforma agrária no mar do Altiplano
Realizaram a marcha para o oriente

O mar da oligarquia revolucionária
Caiu no mar da podridão
Entrando em cena um mar de oligarquia
Que praticava mares de golpes militares e institucionais

O mar de militares
Caiu no mar da escuridão
Dando lugar
Ao mar de neoliberais

Mares de neoliberais
Privatizaram um mar de águas
No mar de Cochabamba
Revoltando mares de movimentos sociais

O mar de neoliberais
Queria exportar um mar de gás natural
Pelos mares do Chile
Revoltando mares de movimentos sociais

Mares de movimentos sociais
Bloquearam mares de estrada
Isolando o mar de concreto de La Paz
Até derrubar o mar de neoliberais


O governo Evo Morales entra em cena
Perdido no mar de contradição
Onde navegam
Mares de movimentos sociais e de neoliberais


 
Bruno Valverde
Enviado por Bruno Valverde em 31/10/2017
Reeditado em 21/12/2017
Código do texto: T6158528
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