LIRA VERDEJANTE
Doce e virginal aroma que se espalha
Dentre as órbitas do átomo acanhado
E do fogo que distante brilha enfadado
Há o incenso que fere quanto navalha!
Pelos campos vergam-se todas as folhas,
Fulgor que cresce diante o arrimo da flor
Que derrama sua sombra para decompor
A lira verdejante do dia e da noite zarolha!
Enquanto o mundo subterrâneo dá o tom,
Os vultos das árvores andam meio tensos,
Pois os frutos são inesperado contratempo
Donde cessa o vigor dum paladar frisson...
Anômalas são todas as espécies de altares
Até que das imagens se teçam mil olhares!
DE Ivan de Oliveira Melo