Água
Água que me inunda
Que me vitaliza
Mas também me afoga
Rola no meu pranto
Sacia minha sede
Água, morada dos peixes
Irriga a farta plantação
Mas vira desatino
Para o triste ribeirinho
Em época de inundação
Água que corre nas calçadas
Que habita o cume na nevada
Que viaja silente no céu
Sempre apreciada,
Seja doce ou salgada
Há água numa taça
E também numa latrina
É abundante no poço
Circula corrompida nas galerias
Contornando, atravessando,
Preenchendo e esvaziando.
Está a água sempre a serviço
Em sua humilde presença grandiosa!
Cláudia Machado
29/8/17