TRANSIÇÃO NO CERRADO
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Os ventos gelados parecem raivosos, seguem suas trajetórias
Carregando as folhas maltratadas, caídas sem vidas, deixadas pelo outono.
Julho se finda em festas, com sabor de amendoim torrado, quentão de vinho com gengibre.
A cidade adormece agasalhada, com abraços mais calorosos que fazem esquecer o frio.
Nos corações enamorados as almas se aninham com calor e paixão.
Lá se foi o Outono dando lugar ao inverno...
Os ipês vestidos de rosa, roxo, branco e amarelo...
Já tem as marcas da poeira trazida pelos ventos de agosto
A grama seca e rebelde insiste em viver debaixo á sequidão
As arvores nuas parecem sem vida... E ao vento murmuram uma canção
Agosto austero que traz mudanças, trás esperança.
Com o vento se foram às folhas caídas... Foram se os redemoinhos
Foram se também nossos desgostos, nossas tristezas...
A cidade se alegra e os gramados já se vestem de verde
Quando setembro despontar tudo será festa,as primeiras chuvas irão molhar o meu cerrado
E as cores do arco íris, virão em forma de flores, colorindo minha cidade.
A umidade vai estar de volta...O azul do céu mais bonito...
A primavera vai fazer festa... Flores, cores e passarinhos,
Bailam ao vento, ao som do canto das cigarras. ( Lulm)