TEMPUS FUGIT
O dia está belo.
O sol ilumina as árvores e o céu está limpo.
Tudo está tranquilo.
Uma leve brisa toca o rosto.
E ao longe é possível ouvir um passário cantando, ou talvez dois.
Mas não é possível perceber.
Todos os dias, dia após dia.
Nunca se repara naquela árvore ali.
ou naquela outra.
Se asfolhas estão secas, se há frutos, se há flores.
Entra dia e sai dia, nada se percebe, nada se inventa.
Nem as cores do Sol, Nem nas nuvens do Céu.
Nada se enxerga ao redor.
A luz que se reflete nas folhas das árvores não toca as retinas.
E por dentro tansborda uma imensa escuridão.
Os dias passam devagar. Nada novo. Um mundo inteiro inerte. Nadaa querer, nada fazer.
E viver passa a seruma dor de barriga constante.