A Cotovia
Em meio ao céu, eu a via,
fugidio pássaro, voava a cotovia,
aos umbrais do murete, trespassava seu bacinete,
a que na língua de Molière, chamar-se-ia allouete.
Flutuando em volta do jardim,
repousa lenta num ancinho,
canto resplandecente, pungente, sem fim,
que fará tão longe de seu ninho?
O que é isso, que trazes consigo?
pergunta um pequeno infante,
Vem de longe? quer ser meu amigo?
num súbito adejar, a ave se põe ao distante.
A criança então amarga decepção,
um átimo de dor, naquela fração.
agora quem o irá então consolar?
no desolado de seu chorar.
Em meio ao céu, eu a via,
fugidio pássaro, voava a cotovia,
aos umbrais do murete, trespassava seu bacinete,
a que na língua de Molière, chamar-se-ia allouete.
Flutuando em volta do jardim,
repousa lenta num ancinho,
canto resplandecente, pungente, sem fim,
que fará tão longe de seu ninho?
O que é isso, que trazes consigo?
pergunta um pequeno infante,
Vem de longe? quer ser meu amigo?
num súbito adejar, a ave se põe ao distante.
A criança então amarga decepção,
um átimo de dor, naquela fração.
agora quem o irá então consolar?
no desolado de seu chorar.