Serenidade
Essa espuma que lambe a areia e as pedras
São bocas e mãos invisíveis, uma entrega
É a única forma do mar expressar seu amor
Como o Sol, o mar beija a praia sem pudor
Juntos passam horas a se abraçar enlevados
Já não lhes importa aquele que passa ao largo
Só essa indescritível completude do Universo
Consola o Homem, ser passante, tão disperso
A espuma, o Sol e as pedras são para sempre
Transmutam-se, mas são certamente perenes
Vivem emoldurados no quadro vivo da natureza
Acima deles só o céu e Deus em Sua grandeza.