Minha doce lua
Minha doce lua
Um luar é como uma construção poética
Extraordinariamente fantástico
Multíplices faces, as quais nomeamos fases
Uma imensidão de imponência...
Percorro o luar, como combustão da inspiração
Me vejo iluminado por ela, um luzir prata
Aquela cintilância que sabe chegar sem pedir licença
É assombrosa de tão bela
E uma maravilha olhar pra ela...
Ela irradia a luz do sol
Para nós iluminar, feito uma mãe que abençoa ao filho
Me assento ao rodapé do muro
E viajo no seu mistério
Aquele imenso astro ali em cima
Reluzente ao meu amor, pego meu bloco de notas
E rabisco com fervor, a inspiração desce...
Promissora de amores à beira-mar
Amante dos trovadores em toda orbe
Que deslumbram sua existência
Acompanha e abençoa os poetas
Que vivem a versejar, olhando para o alto
Mãe dos solitários que à fitam
E amiga dos contempladores que proseiam toda santa noite...
Lustrosa noite serena
Emerso ao meu ver
Um resplandecer lunar
Só para quem sabe cultivar e apreciar
Majestosa lua, digna de um Deus Criador...
Reluzente ao amores terrenos
Formosa como uma linda flor de primavera
A rosa mais bela do universo
A que inspira os meus singelos versos...
E incontestável a sua venustidade
E muito bom para a nossa arte
Alivia ardores da noite, acalenta lá de longe
Nos enche de lampejo gratuito
Com toda sua beleza
Luna minha, luna querida...