O VAGAR DA HORA

Nas tardes puídas, o pálido tempo,

Disfarça-se na sonolência do poente,

Sob a couraça do horizonte.

uma cripta que se alimenta de tédio

A noite já perto, me mostra

então seu ventre, pelas silhuetas das montanhas,

Por entre as cortinas de luzes de cobre.

A noite é fêmea e se aproxima suavemente,

com sua pele macia e seu hálito fresco.

Ela calmamente estende seu lençol de escuros

Sobre todos.

Depois, humildemente,

Se deita com os homens

Para acariciá-los e aliviar-lhes

A tribulações do sol e da vida

Nos seus espíritos atormentados!

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 25/03/2017
Reeditado em 10/05/2024
Código do texto: T5951958
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