HARMONIA
HARMONIA
dejane matos
Sob a brisa do outono
As folhas dançam
E encantam o poeta.
O sopro do vento dita o ritmo
E elas seguem
Em direção incerta.
No alto do galho elas balançam
E dançam o seu balé,
Que, ao poeta, contagia.
As folhas caem e forram o chão,
Em sua cadência
Que rodopia.
E bailam sem saber
Onde irão repousar,
No momento em que forram o chão.
Cada uma faz um caminho individual,
Para elas o outono simboliza alegria
E preparo para a renovação.
Ao entardecer sua dança é constante,
Deixando qualquer mortal apaixonado.
E a poesia flui naturalmente
Do olhar do poeta,
Que olha a tudo, encantado.
Ao sentir o pôr do sol
Se retiram de forma discreta,
Deixando para trás um poeta sem sono.
Sonhando acordado,
Com esse balé alaranjado,
Nas tardes aconchegantes
De mais um outono!