PEIXES DO CONVENTO

Ó, meus amigos,

Eu vos falo, sobre isso:

Quem é verdadeiramente faminto?!

No convento,

Verdadeiramente faminto,

Não é o frade que rouba a despensa.

Verdadeiramente faminto,

É aquele que, na madrugada,

Desce veloz ao tanque de peixes.

E sem mais esperar,

Este pobre faminto

Apanha um, dois peixes...

E, no mais tenebroso silêncio noturno,

Com água na boca,

Devora-os.

Assim, os indefesos peixinhos

São tão bons...

Ao paladar do fradezinho.

Ó, pobres peixes conventuais,

Quão terrível é

A vossa sina!

Marabá – PA, 05 de junho de 2008.

SOUSA DA SILVA Jonas Matheus
Enviado por SOUSA DA SILVA Jonas Matheus em 10/03/2017
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