FLORES DA HUMANIDADE
Hoje acordei
Bem disposto a reciclar!
Tomei as garrafas de “refri”...
Com tesoura, pus-me a cortar;
Confeccionando vários vasos,
Pra minha janela enfeitar.
Tomando a úmida terra;
Terra-húmus, solo humilde.
Fria vida em potência...
Preencho os novos vasos,
Com esse fértil solo;
Este que me traz esperança.
Cavando as fecundas terras,
Sepulto pequenas roseiras;
Que sobre o parapeito da janela,
Crescerão e florirão.
Colherão sereno e vento,
Sob luares e auroras.
Serão flores perfumadas,
Fecundas, sadias e belas;
Entre folhas e acúleos...
Bem perfeitas..., femininas.
Alvas, sanguíneas, douradas...
Serão símbolos de esperança.
Alimentá-las-ei nas manhãs,
Mostrar-lhes-ei o vigor solar,
E as farei ver o luar.
Sem boa água faltar,
Velarei por frágeis vidas:
Essas flores, tão queridas!
Flores não são minhas.
São de Deus!
Flores do cosmos!
Flores da humanidade!
São Luís - MA, 30 de outubro de 2007.