FOLHAS VERDES
Em cada folha de papel,
que vejo jogada ao léu,
percebo a grande pobreza,
do ser humano pela natureza.
Quantas árvores viçosas,
com suas sombras gostosas,
foram jogadas pelo chão,
para satisfazer a ambição,
de um único ser racional,
que não se importa com o mal,
provocado aos seus semelhantes,
agredido cada vez mais,
a natureza e aos animais.
Quantas folhas verdes,
agitaram se pela sede,
de nos ver respirar?
Quantos troncos tombados,
e em carvão transformados,
para as caldeiras alimentar?
Pode ser que, num breve futuro,
poluído e sem ar puro,
o homem, não venha ter,
nem mesmo como sobreviver.
E se acaso, faltar lhe a sorte,
certamente a fria morte,
será sua última companheira,
abraçando lhe na poeira,
que restou, da venenosa poluição,
que o conduzirá em um caixão,
feito com o mesmo papel,
que hoje jogado ao léu,
voa solto pelo vento,
enquanto destruído segue o tempo.
Nova Serrana (MG), 16 de outubro de 2007.