O VERDE EM CINZAS
a natureza
é a mãe do homem,
que anda triste e angustiada,
maltratada pelos os seus agressores,
que de arrastão em arrastão nada sobra
aos correntões.
o homem
“é o lobo do homem”,
na escalada da busca do sucesso,
queima o pequizeiro, a faveira e a aroeira,
a biodiversidade assassinada em cemitérios
de lenhas.
o progresso
é o desejo do homem,
mas a fauna e a flora desnuda
e envenenada vive a lamentar e
grita em silêncio a humanidade,
o que fazer com os grileiros das florestas?
a consciência
é o estomago do homem,
contaminada pela ganância do consumismo,
no desejo do querer, que é a fortaleza do viver.
e no coração do cerrado a vida navega
ambiciosamente.
o carvão
é a forca do homem,
brasas em chamas nas caieiras
e nos caminhões que transportam amnésia
é o verde das matas em cinza,
no eco preto das mortes.