SOMBRAS
As sombras rondam no terreiro
Com a brisa que dança em ciranda
Parecem as almas dos caminheiros
Que vêm se recostar na varanda.
Fatigadas do sol que castiga a jornada
Acenam arqueando os corpos esguios
Da noite que cai pedem pousada
Um canto modesto pra se abrigar do frio.
Adentram no casebre à luz tremulante
Do sol que se apaga no sopro da brisa
Silenciosas e mórbidas dormem profundamente.
Por mais que lhe cause a figura estranheza
Não nega pousada a nenhum viandante
Um casebre erguido em meio à natureza.