MÃE NATUREZA
Mãe Natureza
Ao me encontrar nesta selva, me vejo perante a vida!
Vida vegetativa adicionada à vida animal da floresta,
Encontramos todo o reino mineral, vegetal e animal.
Minha respiração ofegante pela surpresa dos repteis,
Decantada pelos pássaros e pelo chuá das cachoeiras
Numa harmonia permanente da clorofila no raiar da luz.
Os cipós e as flores, harmonizadas pelas folhas verdejantes,
Fazem um cenário topical da Amazônia internacional.
Resquícios de uma população selvícola primitiva da América.
O respingar do dreno da seringueira, mostra a intervenção
Do habitat humano que lá convive sem desmatamento.
Tirando pra sua subsistência toda a dativa do Criador.
No verdejante clima humido da mata encontramos
Toda espécie de fauna e flora conhecida e as novas
Que surgiram a pós a exploração do homem.
Essa biogenética que se desponta neste celeiro
Faz do cientista o parteiro do Universo parir
As mais prodigas criações da natureza.
O selvícola que lá habita, sem instrução escolar
Sabe espontaneamente sobre a meteorologia,
E a farmacologia das plantas para cura mal estar.
É ele que nos ensina, apesar do nosso bacharelado,
Orientando-nos e curando-nos com sua pajelança
Herdada de pai pra filho de geração em geração.
Esse nativo que deparamos com a sua “ignorância”
Pasme quão sabido o é perante nossa sapiência.
Fazendo com seu repente cantoria sem igual.
É a mãe natureza mostrando a sua criação
Na nudez da civilização quão experiente o são
No seu mundo isolado da politica e civilização.
Chico Luz