*ÉS ÁGUA ÉS VIDA

Água que meu corpo lava,
Mata nossa sede que é vida,
Banha a terra ressequida,
Seca a roupa, traz a lavra.

Água é sangue branco, puro,
Corre as veias, nutre a pele,
Quando bate na telha, juro
É choro de saudade em breve,

Molha a dor, o olho dói,
Neste abismo interior,
Qual rio poluído e destrói,
Cada partícula em desamor.

E com furor aos desmandos,
Traga na areia seu lamento,
Pontos boiam com espantos,
No mar em fúria, o desalento!

Quando esta fonte divina
Transformar-se em impureza,
H2O natural que se defina,
Outro criador, com certeza,

Na terra não haverá igual.
Água potável, inodora,
Seja prioridade existencial,
Ó água da fonte criadora.

***
Poema na coletânea, organizada pelo escritor
chileno Alfred Asis.


http://alfredasis.cl/AGUA_ASIS.pdf

 
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 11/12/2016
Reeditado em 11/12/2016
Código do texto: T5850098
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.