Estações da Vida
Assim, de repente, a Primavera.
Munida das mais belas cores,
Deixa fácil, não desespera,
Tal qual transforma as dores.
O verão, com todo o queimar
De laranja e amarelo colore a vida,
No suor que pinga, no arder do olhar
Tão quente quão despida.
Com prazer, o sábio Outono
Desnuda árvores e arbustos.
Unido ao sopro do vento morno,
Tendo em si, segredos astutos.
Então, é dele o turno.
O Inverno, que tão frio e terno,
Desde o contemplar noturno,
Traz no olhar mais gélido, o rever interno.
E mais uma vez, um perfume que abraça,
Um brilho que esperança,
E nela tudo alcança.
Vem de novo a Primavera.