O VENTO, UM MESTRE DA POESIA
Fazedor de poesia,
Sempre célere a cantar.
Seja dor ou alegria,
Num eterno derramar.
Sente somente a magia.
Quem seus versos declamar.
Fazedor de saudade,
Muitas lágrimas derramar.
Mentira ou realidade.
Quem ouve pode contar.
Repetindo a verdade.
Pois não consegue enganar.
Fazedor de tristeza,
Nada ficando no ar.
Angústia e incerteza.
Outra casa a derrubar.
Nada ficou sobre a mesa.
Pouco sobrou do jantar.
Fazedor de efervescência.
Fogo assim pode pegar.
Não importa a consciência.
Ferve quem sabe amar.
Mudando toda aparência.
Morre ao se apaixonar.
Fazedor de plenitude.
Sempre a continuar.
Traz o pão e a saúde.
Semente a viajar.
Sob o som do alaúde.
Toca para quem quer dançar.
Fazedor de ilusões,
Leve como um murmurar.
De fácil circulação,
Nome é brisa sussurrar.
Forte formando tufão,
Tudo vai desmoronar.
Quando formam as Monções,
Versos frios para o mar.
Regina Madeira
Miguel Pereira - RJ